14 junho 2012

OPORTUNIDADE NA CRISE


    -  Não Havia no povoado "pior oficio do que porteiro do prostíbulo". Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha prendido a ler nem escrever, não tinha nenhum outra atividade ou ofício.
   Um dia, entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. Ao porteiro disse: A partir de hoje, o Senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
 - Eu adoraria fazer isso, senhor mas eu não sei ler nem escrever!!
 - Ah! Quanto eu o sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
 - Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.
 - Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenho sorte. Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro indenização para compra uma caixa de ferramenta completa. omo o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias  em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
 - Venho para perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
 - Sim, acabo de comprá-lo mas eu preciso dele para trabalhar, já que fiquei sem emprego.
 - Boom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
 - Se é assim, está bom.
 Na manhã seguinte, como havia prometido o vizinho bateu na porta e disse:
 - Olhe, eu ainda preciso do martelo. Porque você não vende para mim?
 - Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
 Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias ... aceitou. Voltou a montar a sua mula e viajou. No seu regresso, aceitou. Voltou a montar a sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
 - Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a paga-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?
 - O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu visinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora.
 E nosso amiga guardou as palavras que escutara:" Não disponho de tempo para viajar para fazer compras". Se isto fosse certo,muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas. Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagem.
 A noticia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, que rendo economizar a viagem, faziam encomenda. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam os clientes. Com um tempo alugou um galpão para armazenar as ferramentas, e alguns meses depois comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferramentas do povoado.
 Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes enviavam-lhe seus pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam compra na sua loja de ferragens,  do que gastar dias em viagens. Um dia ele lembrou de uma amigo seu que era torneiro e ferreiro e este pensou que poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc... E após foram os pregos e os parafusos. Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
  Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:
 - É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de Atas, desta nova escola.
 - A hora seria minha - disse o homem. seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
 - O senhor?!?! - disse o prefeito sem acreditar. O senhor construiu um império industrial sem saber ler e nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto: O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
 - Isso eu posso responder - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o porteiro do prostíbulo.
 Geralmente as mudanças são  vistas como adversidades. As adversidades podem ser bençãos. As crises estão cheias de oportunidades.

 Faça de um obstáculo apenas um degrau para alcançar o sucesso, nunca desanime... pense nisso!!
 No coração das pessoas há muitos planos, mas o que fica é o que Deus determina!

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